09/09/2007

Milagres

Eu orei com a Bianca. Pediu-me que orasse por sua família. Ao perguntar se ela tinha algum motivo de agradecimento, me contou que Deus havia feito um milagre em sua vida. Obviamente eu perguntei acerca da natureza deste milagre. Ela, no entanto, me surpreendeu. Esperava ouvir o relato de alguém curado de uma hemorragia ou coisa assim, mas o que ouvi foi a verdadeira voz de uma menina que entende o que é clamar ao Deus das misericórdias. O milagre era o resultado positivo de uma prova. Ela disse: “quero agradecer, pois Deus me deu o milagre de passar naquela prova”.
É bom saber que ainda existem filhos do Deus altíssimo que entendem que todo dom perfeito vem do pai das luzes. Ela poderia dizer: “eu consegui! Sou a melhor!”. No lugar disso ela agradeceu a graça preciosa de Deus.

Toda honra e toda glória ao Deus dos céus!

No amor de Cristo,

Daniel Bravo

30/08/2007

O reino de Deus chegou!

Desde terça, quando cheguei a águas de
Lindóia, São Paulo, minha mente tem sido bombardeada pela tropa de elite das cabeças pensantes teológicas. Por essa razão, não consigo me ver inativo, sem expressar minha alegria diante de alguns frutos gerados em meu coração depois de algumas plenárias.
Em primeiro lugar quero dizer que vale a pena abrir a mente.
Em segundo lugar, seguindo a extensão do que foi dito acima, quero convidar você, que está lendo nesse momento a abandonar a arrogância de seus conhecimentos e seguir conselho da palavra de Deus, examinado tudo á luz das escrituras e seus princípios.
Testemunhei uma triste atitude de irmãos que diante de seus pressupostos fecharam seus ouvidos e recusaram o alimento que o Espírito Santo nos deu de graça durante esses dias (digo de graça porque não podemos comprar o alimento espiritual. Ele nos é dado, em qualquer circunstância mediante a misericórdia divina).

Aos que estavam lá, o reino de Deus chegou!

Aos que não estavam, retenham o que é bom, esse é o convite da palavra de Deus.

No amor de Cristo,

Daniel

09/03/2007

Uns medos

Quantos receios você tem?
Eu tenho receio de que algumas não mais existam. Refiro-me á situações, pessoas, status, coisas que me fazem bem. Na verdade, não sei se me fazem realmente bem, porque nem sempre o que nos causa prazer traz benefícios.
Mas de qualquer forma, a sensação de não mais desfrutar dessas coisas, me causa medo, receio de perder algo.
Convivemos com isso diariamente. Sentimos medo, de, por um desentendimento, perder uma amizade ou a namorada. Cobramos a nós mesmos ser o que “achamos” ser o ideal de quem gostamos. Fazemos isso pra fugir da possibilidade de não sermos mais bem quistos. Perseguimos incansavelmente o gosto de quem amamos pra fazer bem. E isso é tão natural a nós, que agir dessa forma, nos causa prazer. Saber que agradamos traz alegria, mesmo que momentânea, porque o é. É passageira, porque assim são os gostos e as preferências. Hoje eu prefiro manga, amanhã, talvez prefira abacaxi.
O que me consola, é saber que o amor não é assim. Ele não é passageiro, e nem inconstante. O amor, assim como Paulo descreve em 1 Coríntios 13, é o dom supremo.
Quando buscamos a satisfação do nosso amor, agimos pelo coração. E se o nosso coração é do Senhor, viver pelo amor, é agradar a quem mais nos ama.
Não sinto medo de perder o amor de Deus, porque a sua palavra me afirma que isso nunca vai acontecer, graças á Deus.
Não me canso de tentar, conseguindo ou não, fazer sua vontade e encher seu coração de alegria. Quem dera minha dedicação a Deus fosse tão intensa quanto é o meu dedicar as pessoas que amo.

Apenas algumas palavras que me fizeram pensar...
Deus nos abençoe

Daniel Bravo

07/03/2007

Sincero

No capítulo 10 do livro de Hebreus temos uma rica exposição acerca da obra de Jesus Cristo como sumo sacerdote, mensagem essa que permeia toda a carta.
No versículo 21, sou convidado a me aproximar de Deus com um coração sincero.
Lendo isso, me pergunto, o que é ser sincero com Deus?
Seria apenas falar a verdade?
Com certeza não. É bem mais profundo do que isso. Ser verdadeiro com o Senhor é ter, em primeiro lugar, uma disposição de deixar Ele guiar os meus pensamentos e os meus conceitos acerca de quem eu sou. Só quando sou sincero comigo mesmo é que sou capaz de fugir das máscaras que coloco para me relacionar com o meu próximo e com Deus.
Portanto, é necessário que eu deixe a sonda divina penetrar o meu ser e revelar minha totalidade. Preciso ver a trave em meus olhos.
Em segundo lugar, Deus deseja curar minhas feridas. Quando falo de feridas estou me referindo a todo o tipo de mágoa do passado e do presente. Frustrações e traumas que me impedem de enxergar o horizonte limpo e claro, vendo apenas um embaçado e cinzento retrovisor que reflete apenas o ontem, ainda não glorificado.
O processo de cura acontece quando reconheço minhas fraquezas e então luto, suportando cada uma delas pelo poder do Espírito Santo.
Quando me relaciono com Deus, minha sinceridade deve ser como a de uma criança. Ela deve ser, portanto, despreocupada com a opinião do pai e inocente, desejando apenas. A criança vê no pai o seu protetor e provedor. Acima de tudo, ela vê alguém que ela ama, simplesmente ama. As vezes peço ao Senhor com medo de ser ousado e abusado! Mas a Bíblia me diz que não há como ser ousado demais em meus pedidos. Pois clamo a alguém que pode fazer infinitamente mais do que tudo que eu peço ou imagino. Assim é a criança. Ela não acha que o seu pai tem poder de compra limitado, que a conta no banco pode ficar vazia, que seu sono vai impedi-lo algum dia de cantar pra ela dormir ou que um dia, por algum motivo, se separarão. Da mesma maneira, tenho que me relacionar com Deus de forma aberta e ousada, ilimitada. Crendo que ele nunca dorme, nunca falha, e que nunca, vai se separar de mim.

Ser sincero com Deus, portanto, é deixar que ele me mostre quem eu sou de verdade; Revele minhas feridas e cicatrize cada uma delas; glorifique meu passado, me limpando da culpa do meu pecado e olhando para Ele como um Pai perfeito e amoroso.

Daniel Bravo

09/02/2007

O que dizer?

O que dizer àquela mãe que tem seu carro roubado, e ao tentar retirar seu filho do banco de trás, falha e algumas horas mais tarde, recebe a notícia que o seu menino de seis anos foi arrastado ao longo de 6 km até morrer?
O que dizer para um filho que atende uma ligação no sábado à noite, esperando receber qualquer notícia, menos a de que seu pai acaba de falecer depois de um inesperado e inexplicável enfarte no metrô?
O que dizer para aquela mulher, que depois de anos de dedicação à família e ao seu marido, ouve dele que já não dá mais, que eles já não possuem um futuro juntos e que seu coração é de outra mulher?
O que dizer para o pai de família, que chega ao trabalho e é chamado para ter uma conversa com seu superior, e ao invés de ouvir um elogio pelo seu desempenho, percebe que ele não passa de uma despesa para a empresa, que no momento, se livra dessas despesas?
O que dizer para alguém que entra no consultório médico cheio de planos e metas, e sai dele contando os meses restantes de vida, e como aproveitá-los?
O que dizer para o pai que descobre como foi falho na criação dos seus filhos, porque recebe uma ligação ás 4 horas da manhã de uma sexta, solicitando sua presença no hospital, pois sua filha acaba de entrar em coma alcoólico?

Eu digo o seguinte:

“Senhor, tu me sondas e me conheces” Salmo 139:1.

Essas semanas têm sido difíceis pra mim. E ontem, quando eu lia o salmo 139, entendi nesse versículo que Deus sabe. Ele sabe de tudo, por mais profundo, difícil e sombrio que seja o seu problema, mesmo que a solidão dilacere o seu interior, Ele sabe disso e se importa. Ele te conhece, sabe de cada ato seu e o que ele quer dizer.
Recorra a Ele...

Deus abençoe...
Daniel Bravo

30/01/2007

Boca livre!!

Eu nunca vou esquecer aquele show. Foi no dia 19 de janeiro, no teatro rival. Era noite de sexta feira, o dia foi de sol, um sol quente, mas soberano, assim como o Deus que o fez.
Mas era um dia especial. Meu pai aqui no rio, depois de quatro anos longe de casa. É verdade que ele já estava conosco desde o ano novo, e ficaria mais dez dias, mas aquele dia, Ha, aquele dia era especial.
Logo de manhã eu saí pra comprar o Jornal do Brasil, não costumo comprar jornal, mas como estou de férias, pensei que as últimas da cultura carioca me dariam algo para fazer naquela sexta. Acertei em cheio. Ao abrir a revista com a programação do final de semana carioca (que na minha opinião, inclui a sexta), encontro o anúncio mais que perfeito para aquela mais que perfeita sexta-feira; show do boca livre (grupo formado em 1979; hoje com a formação atual de Maurício Maestro, Zé Renato, Fernando Gama e Lourenço Baeta).
Falei na hora com minha mãe, meu pai estava na rua, caminhando. Eu sabia que não poderia perder aquela oportunidade. Na hora minha mente viajou uns 19 anos atrás, e voltei aos dias nos quais eu dormia, ou fingia que dormia, no colo do meu pai enquanto ele cantarolava, imitando todos os trejeitos dos caras do boca livre, desde os agudos até o estilo de voz. “Ponta de Areia” era o hit principal das minhas sonecas.
As canções desse grupo nortearam toda a minha infância. A razão não era o meu refinado gosto musical, não, era o simples fato de gostar do que o meu pai gostava, assim como a minha paixão pelo botafogo. Aliás, acho que torcer pelo botafogo é herança de família, só pode ser.
Pra mim, há um significado muito mais que musical nas canções deles, é uma mistura de saudosismo, infância, e lembrança das coisas que me trazem esperança (Lm 3:21). Eu lembro do carinho do meu pai, da forma como ele me conduzia ao sono sem se preocupar com o tempo que isso levaria, afinal, fica difícil saber quem gostava mais daquilo. Ás vezes eu segurava o sono só pra ficar mais uns minutinhos ouvindo seu canto desafinado.
Nós fomos. Saímos correndo, porque eu, como sempre, atraso todo mundo. Chegamos ao teatro, sentamos, pedimos refrigerante; eu, coca, óbvio, e ele, guaraná. As palavras eram poucas, sempre foi assim. Não falamos sempre e essa noite dispensava palavras. (Essa coisa de ter que falar me deixa confuso. Ter sempre que dizer algo é cair na ilusão de que nossas palavras sempre dirão o que queremos expressar, e isso não é verdade. Ás vezes, dizemos e fazemos diferente, e aí, o que fazemos pode anular o que dissemos. Não deixe de falar. Fale, mas faça.)
Desde o início eu sabia que aquela noite valeria todos os dias que passaríamos juntos nessas férias. Nenhum outro dia seria igual. Nenhum outro dia deixaria tão á flor da pele as nossas lembranças e a nossa alegria, de juntos, revivermos aquilo que foi marco nas nossas vidas, o amor, quase que incondicional, que existe entre nós dois. Foi sensacional, lembro até hoje de cada detalhe.
Ontem, dia 29, ele voltou pra Espanha. Senti um vazio enorme ao chegar em casa e não ter mais ele por perto. Mas eu me lembro do dia no qual ele foi pela primeira vez, e lembro do dia 31 de dezembro de 2006, quando o vi voltar. Lembro disso, que me dá esperança, e lembro que esse show só rolou porque Deus assim permitiu, a Ele, a glória.

Daniel Bravo

29/10/2006

Ao vivo é bem melhor!

Ontem (sábado, dia 28), estive na igreja do Méier para participar de um culto conduzido pelo João Alexandre. Foi uma noite incrível, mas eu não quero falar do João Alexandre.
Eu quero falar sobre a possibilidade que temos de ver, aqueles que nos edificam através dos CDs, ao vivo. Quando criança, passava as tardes de sexta-feira e sábado ouvindo, junto com meu pai, alguns cânticos que hoje fazem parte da minha história. Ouvia sempre os Vencedores por Cristo, Adhemar de Campos, Pr. Josué, Asaph Borba e muitos outros que agora não me recordo. Aquelas letras penetravam na minha vida, e iam tornando conhecidos os textos bíblicos que não eram falados na EBD, ou pelo menos, aqueles que eu não guardava. Á alguns anos, tive a oportunidade de ir a uma igreja, na qual o Asaph dirigiu o período de louvor. Naquela noite eu pude sentir, muito mais intensamente, aquilo que sintia e sinto quando ouço alguns cânticos compostos por ele.
Mas volto a falar, não quero falar nem do João e nem do Asaph, mas quero dizer-lhes que devemos aproveitar as oportunidades que surgem para vermos esses e outros tocando ao vivo. É muito bom ouvir o que levou aquele(a) ministro(a) a compor um determinado cântico. Ás vezes ouvimos uma canção que toca-nos por dizer em palavras, exatamente aquilo que estamos sentindo, e é tão saudável descobrir que ás vezes aquele(a) compositor(a) escreveu aquele poema em uma situação semelhante á nossa.
Aposto que todos que estão lendo este post, ou já estiveram, ou conhecem alguém que já esteve em algum casamento no qual umas das canções foi “Essência de Deus”, do João Alexandre, pois é, foi emocionante vê-lo cantando junto com a Tirza, sua esposa, o poema antes composto pelo apóstolo Paulo e por ele musicado.
Não vi todos que gostaria, mas cito aqueles com os quais eu pude prestar um culto ao Senhor, eis os nomes:
Adhemar de Campos, Asaph Borba, Fernadinho, João Alexandre, Gerson Borges, Nelson Bomilcar, Guilherme Kerr, Jorge Camargo, Carlos Sider e não menos importante, mas por último, Grupo Logus.
Vale a pena, chama-los ás nossas igrejas e vê-los. Não é uma questão de ser show ou não, se cobra “oferta” ou não, mas é uma questão de usufruir do talento e do dom que Deus os deu, para a edificação do corpo de Cristo e também, para contribuir com os seus respectivos ministérios.

Daniel Bravo

19/10/2006

Simplicidade

Em cumprimento ao requerido em academia da alma, segue o resumo, achei que não tava tão palha assim.

Viver simplesmente é uma arte, mas não uma utopia. A bíblia nos ensina a viver assim colocando em ordem de prioridade aquilo que realmente importa e o que não tem a menor importância.
No sermão do monte Jesus nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Significa deixar Deus ser o rei e governante da vida. Quando Ele dirige nossos passos, nos conduz para o lugar periférico de nossas vidas, abrindo espaço para que Ele seja o centro, e assim nossos atos e palavras girem em torno dEle.
Para Deus ficar no centro, no entanto, não basta apenas pedir para Ele entrar, precisamos retirar as coisas que estão ocupando seu lugar. Ele não invade, Ele aceita o convite de alguém que por Ele convidado a convidar clama por sua presença.
Quando essa realidade impregnar nossos corações, então só teremos motivos para agradecer. Nossos dias serão repletos, pois o mais importante, e na verdade é o que realmente importa, nós sempre teremos, a sua companhia.

Daniel Bravo

17/10/2006

Pai nosso

Pai amado, tu que habitas nos céus,
Hoje tua morada, em breve, nossa.
Teu nome é Santo, maravilhoso, poderoso,
Majestoso, tua grandeza não pode ser fielmente
descrita por nenhuma expressão de louvor! Glória ao teu nome!
Põe-me sob o teu reinado, sejas sobre mim Senhor.
Meu coração eu te dou para que tu sejas Rei sobre ele.
Reina sobre meus atos, minhas palavras, minhas emoções,
meus erros e meus acertos.
Faz a tua vontade na minha vida,
Seja a minha vida não uma utopia, mas uma vida concreta
e real de amor por Ti e dependência da tua direção.
Que a cada dia eu possa comparecer diante do teu altar e ali,
despojar-me das minhas vontades e dar lugar ao teu querer que é perfeito.
O pão diário me dá condições de conquistá-lo.
Dá-me forças para correr atrás.
Supre as minhas necessidades e ensina-me a fazer a minha parte.
Faz-me andar por sobre as águas, mesmo quando os ventos
soprarem contra meus olhos diminuindo minha visão do horizonte
no qual teus braços estarão sempre abertos aguardando-me com amor maior.
Perdoa-me. Eu preciso do teu perdão.
Gera compaixão e amor em meu coração, eu preciso perdoar e ser perdoado.
Não me deixe ceder á tentação, me dá vergonha na cara para dizer não.
Não me deixe ficar longe de Ti quando eu disser sim mesmo querendo dizer não,
ou mesmo quando eu quiser dizer sim; antes me leva ao arrependimento.
Traz-me junto a ti Deus, não sou nada sem Ti.
Meu coração é Teu, vem e toma o teu lugar.
Em nome de Jesus, amém.

Daniel Bravo

16/10/2006

O mesmo Sentimento, que gera a mesma atitude.

Esta mensagem ainda não foi pregada em público, está sendo feita ao público, mas não do púlpito. Portanto, não estranhe caso me “ouça” falando sobre o mesmo tema, do púlpito ele ainda é inédito.
Quero levar você a refletir sobre a necessidade de termos o mesmo sentimento de Cristo se desejamos ter a mesma atitude dele. No Capítulo 2 de Filipenses, do versículo 5 ao 11 lemos o que acontece quando nosso coração pulsa junto com o coração de Jesus. O texto começa nos convidando a ter a mesma atitude de Cristo, ou na maioria das versões - ter o mesmo sentimento.
Assim como Jesus, precisamos desconsiderar o que somos a fim de nos apegarmos ao que realmente importa: a soberania de Deus. O filho de Deus, que era Deus, não achou que ser como Deus era grande glória para ele, mas, antes, viu majestade em se submeter á grandeza do Pai. Desconsiderar o que somos, no entanto, não é perder a consciência de quem somos, mas reconhecer-nos como nada diante de Deus, e dessa forma, ter total consciência de que tudo o que somos e temos vem do Pai das luzes (Tiago 1:17).
No momento em que nossa visão de nós mesmos chegar neste ponto, no qual toda iniciativa vem do alto, nos esvaziaremos. Quero destacar a forma como o verbo é colocado. Nele não sofremos a ação, mas a executamos. No capítulo 18 de Jeremias somos comparados a vasos de barro. Como vasos que somos, precisamos jogar fora tudo o que há de nós dentro de nós, e assim Deus nos encherá com a água pura que corre do seu trono e que nos lava, regenera e renova. É necessário que estejamos vazios, pois assim como o óleo e a água não se misturam em um mesmo recipiente, também a natureza de Deus, que é santa, e a nossa, que é corrompida e totalmente depravada, não se misturam; antes, a santidade divina nos transforma, tornando-nos assim cheios dEle (agora sofremos a ação).
Porém, ao sermos transformados, não perdemos a nossa humanidade, pelo contrário, ela é reconstituída. Assim como Jesus somos vistos como carne e osso, e o versículo 7 destaca que nessa condição humana é que Jesus foi obediente á Deus. Sentir o que Cristo sentiu, é sentir-se tentado (Mateus 4:1 ao 11) pela vaidade, pelo poder, pelas necessidades da carne e mesmo assim, como homem, ser obediente a palavra de Deus. Para obedecer aos mandamentos do Pai, é preciso uma atitude radical em nosso dia-a-dia, mesmo que para isso tenhamos que mortificar nossos desejos e nossas paixões. É o que diz o texto: “e Ele foi obediente até a morte de cruz”. Cristo não “negou fogo”, ele obedeceu, crucificando os benefícios e prazeres do pecado, assassinando o que brotava da sua carne e gerando a vida do Espírito, nele e em nós.
Viver neste sentimento eleva-nos a um lugar mais alto e mais excelente, no qual somos contemplados e consolados em nossas tribulações com as promessas da cruz. Aos pés da cruz o sangue do cordeiro é derramado sobre nós e recebemos a graça de clamar em nome de Jesus. Sabemos que não o fazemos em nome de qualquer um, mas no nome que está acima de todo nome, nome que venceu a morte e foi digno de escrever no livro da vida o nome daqueles que atravessaram a grande tribulação e lavaram suas vestes no sangue que escorre do madeiro (Apocalipse 7:14). Significa dizer isso que não há ninguém acima do Senhor. Nossas orações não são lançadas á sorte, mas ele, a quem foi dada toda autoridade nos céus e na terra, as recebe e intercede por nós.
Nosso clamor tem ponto de chegada, o vazio não conhece nosso sincero clamor, só o coração de Deus o conhece e nele se envolve.
Além de clamarmos ao Rei dos reis, participaremos do momento mais singular e indescritível da história (história, porque este momento não será atemporal, mas fará parte da história dos nossos dias), no qual todo joelho se dobrará e toda lingua confessará em alta voz que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus!
Eu Estarei lá! E você?

Por Ele e para Ele,

Daniel Bravo