09/03/2007

Uns medos

Quantos receios você tem?
Eu tenho receio de que algumas não mais existam. Refiro-me á situações, pessoas, status, coisas que me fazem bem. Na verdade, não sei se me fazem realmente bem, porque nem sempre o que nos causa prazer traz benefícios.
Mas de qualquer forma, a sensação de não mais desfrutar dessas coisas, me causa medo, receio de perder algo.
Convivemos com isso diariamente. Sentimos medo, de, por um desentendimento, perder uma amizade ou a namorada. Cobramos a nós mesmos ser o que “achamos” ser o ideal de quem gostamos. Fazemos isso pra fugir da possibilidade de não sermos mais bem quistos. Perseguimos incansavelmente o gosto de quem amamos pra fazer bem. E isso é tão natural a nós, que agir dessa forma, nos causa prazer. Saber que agradamos traz alegria, mesmo que momentânea, porque o é. É passageira, porque assim são os gostos e as preferências. Hoje eu prefiro manga, amanhã, talvez prefira abacaxi.
O que me consola, é saber que o amor não é assim. Ele não é passageiro, e nem inconstante. O amor, assim como Paulo descreve em 1 Coríntios 13, é o dom supremo.
Quando buscamos a satisfação do nosso amor, agimos pelo coração. E se o nosso coração é do Senhor, viver pelo amor, é agradar a quem mais nos ama.
Não sinto medo de perder o amor de Deus, porque a sua palavra me afirma que isso nunca vai acontecer, graças á Deus.
Não me canso de tentar, conseguindo ou não, fazer sua vontade e encher seu coração de alegria. Quem dera minha dedicação a Deus fosse tão intensa quanto é o meu dedicar as pessoas que amo.

Apenas algumas palavras que me fizeram pensar...
Deus nos abençoe

Daniel Bravo

07/03/2007

Sincero

No capítulo 10 do livro de Hebreus temos uma rica exposição acerca da obra de Jesus Cristo como sumo sacerdote, mensagem essa que permeia toda a carta.
No versículo 21, sou convidado a me aproximar de Deus com um coração sincero.
Lendo isso, me pergunto, o que é ser sincero com Deus?
Seria apenas falar a verdade?
Com certeza não. É bem mais profundo do que isso. Ser verdadeiro com o Senhor é ter, em primeiro lugar, uma disposição de deixar Ele guiar os meus pensamentos e os meus conceitos acerca de quem eu sou. Só quando sou sincero comigo mesmo é que sou capaz de fugir das máscaras que coloco para me relacionar com o meu próximo e com Deus.
Portanto, é necessário que eu deixe a sonda divina penetrar o meu ser e revelar minha totalidade. Preciso ver a trave em meus olhos.
Em segundo lugar, Deus deseja curar minhas feridas. Quando falo de feridas estou me referindo a todo o tipo de mágoa do passado e do presente. Frustrações e traumas que me impedem de enxergar o horizonte limpo e claro, vendo apenas um embaçado e cinzento retrovisor que reflete apenas o ontem, ainda não glorificado.
O processo de cura acontece quando reconheço minhas fraquezas e então luto, suportando cada uma delas pelo poder do Espírito Santo.
Quando me relaciono com Deus, minha sinceridade deve ser como a de uma criança. Ela deve ser, portanto, despreocupada com a opinião do pai e inocente, desejando apenas. A criança vê no pai o seu protetor e provedor. Acima de tudo, ela vê alguém que ela ama, simplesmente ama. As vezes peço ao Senhor com medo de ser ousado e abusado! Mas a Bíblia me diz que não há como ser ousado demais em meus pedidos. Pois clamo a alguém que pode fazer infinitamente mais do que tudo que eu peço ou imagino. Assim é a criança. Ela não acha que o seu pai tem poder de compra limitado, que a conta no banco pode ficar vazia, que seu sono vai impedi-lo algum dia de cantar pra ela dormir ou que um dia, por algum motivo, se separarão. Da mesma maneira, tenho que me relacionar com Deus de forma aberta e ousada, ilimitada. Crendo que ele nunca dorme, nunca falha, e que nunca, vai se separar de mim.

Ser sincero com Deus, portanto, é deixar que ele me mostre quem eu sou de verdade; Revele minhas feridas e cicatrize cada uma delas; glorifique meu passado, me limpando da culpa do meu pecado e olhando para Ele como um Pai perfeito e amoroso.

Daniel Bravo