09/06/2006

Orando como convém...

“A oração termina no amém” (Prof. Luís Roberto, na aula de H. F. Bíblia, numa dessas quartas que começam mal, mas, sempre acabam bem!!)

Quando ouvi essa frase, comecei a viajar e lembrar quantas e quantas vezes apenas o momento da oração foi suficiente e gratificante para mim. Lembrando de algum texto da palavra de Deus que me desse base para escrever esse humilde conjunto de pensamentos, lembrei de uma passagem, que não diz diretamente isso, mas nos faz pensar sobre oração e consequentemente nos carrega para outro texto, o qual eu transcrevo em conjunto com o primeiro:

“Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar o teu coração, mas crer que se fará o que se diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Também o espírito, semelhantemente nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”
Marcos 11:20 a 24 e Romanos 8:26

Eu não sei quanto a você, mas eu me sinto muito confortável em saber que eu não sei orar como convém. Já parou pra pensar se tudo que pedíssemos nos fosse dado só porque acreditamos que vamos receber? Seria bem complicado. A palavra de Deus diz que ao morrer, Jesus nos deu livre acesso ao Pai (Mateus 27:50 e 51). O momento da oração é quando estamos mais próximos de Deus, acessando o trono da graça livremente. Quando oramos, contemplamos a face de Deus, somos constrangidos por seu amor e transformados por sua presença. Não há como orar com fé, manter uma vida constante de oração e não pedir conforme a vontade divina.

É importante considerarmos alguns pontos a fim de entendermos como se processa essa questão da oração em nossas vidas. Em primeiro lugar; ter fé é o ponto de partida para começarmos uma vida de oração sadia e edificante. Ao nos aproximarmos de Deus devemos crer que ele nos ouve e que trabalha em nossas vidas constantemente (Hebreus 11).

Em segundo lugar; o que tem motivado nossos corações a orar? Temos buscado os braços do Pai como um filho que procura a ajuda paterna somente quando precisa de recursos financeiros, Ou temos procurado o nosso Pai celestial como um filho que mesmo não tendo necessidades diretas, procura seu pai a fim de sentir seu afago e presença acolhedora pelo simples anseio de estar com quem se ama?
Não quero com isso dizer que não podemos orar por nossas necessidades, mesmo porque a bíblia não deixa nenhuma dúvida sobre isso (Filipenses 4:6).
Quando sabemos que não sabemos orar, tornamo-nos dependentes de Deus, pois nos colocamos diante de sua vontade que é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2). Isso, no entanto, não anula nosso livre acesso, que não garante apenas o acesso, mas principalmente a liberdade diante do Pai; e aproveito esse espaço para manifestar minha indignação para com esses que determinam o que Deus deve fazer, isso é um absurdo!!! Nossa posição não é de determinar, mas sim de clamar. Também combato aqueles que se aproximam de Deus com medo de pedirem o que desejam, uso uma ilustração citada por meu amigo de classe Júnior:

“(...)Nunca vi uma criança que chega para o pai e diz: Pai, me dá 10 reais? Mas se você não quiser me dar, não precisa tá?”

É exatamente assim que às vezes agimos com Deus, contrariando o ensinamento dEle sobre a oração (2 Crônica 7:14), no qual o seu convite é para um clamor sincero e transparente. Só quando clamamos e descansamos, recebemos a provisão de Deus.

O momento da oração deve ser de intimidade, liberdade, clamor, dependência, amor, alegria e acima de tudo, total sinceridade.
A oração termina no amém!!

até a próxima, e bom final de semana para todos...
rumo ao hexa!!!

Daniel Bravo

4 comentários:

Eduardo Mano disse...

"Quando oramos, contemplamos a face de Deus, somos constrangidos por seu amor e transformados por sua presença. Não há como orar com fé, manter uma vida constante de oração e não pedir conforme a vontade divina."

Bonito isso meu rapaz.

Gostei e muito do que você escreveu. A oração, ligada à fé, é uma arma poderosa. Mas é aquilo: sembre debaixo da soberana vontade do Pai.

Um abraço meu filho... e rumo ao Hexa!!!

Duda

Daniel Bravo disse...

Valeu mano duda!!
é sempre bom contar com seus comentários!!!
bjunda

Gustavo Nagel disse...

Pára! Pára!!! É muita palha!!!! Hahaha!!

Caramba, cara. Muito bom seu texto, viu? Olha só. De uns tempos pra cá, eu fiquei fascinado pelo Pai Nosso. E, durante a história da igreja, ela tem visto nessa oração o modelo para todas as outras. De modo que, os nossos pais na fé chegaram a afirmar que não há um pedido autêntico, digno de um cristão, que esteja fora dela. Acho que eles tem razão. Portanto, oremos o Pai Nosso!!!

Abraços.

Agnes Alencar disse...

"Temos buscado os braços do Pai como um filho que procura a ajuda paterna somente quando precisa de recursos financeiros? Ou temos procurado o nosso Pai celestial como um filho que mesmo não tendo necessidades diretas, procura seu pai a fim de sentir seu afago e presença acolhedora pelo simples anseio de estar com quem se ama?"

Tuas idéias expostas neste Post não são apenas lindas como disse a duda mano, como são também muito inteligentes.
Gostei do texto por conter nele uma lógica maravilhosa, ainda mais fascinante por estar tão ligada a bíblia.

Bom, é isso senão tu fica convencido hauahuahua
bjo